Recentemente
essa coisa de ser madura e consciente dos meus próprios atos e pensamentos tem
sido mais difícil que ver um filme bom na tv e não parar para assistir. Essa
coisa de “ser feliz”, de “o que você espera do seu futuro”, “onde você se
imagina daqui 5 anos”, e isso e aquilo, eu não sei o que acontecerá mês que
vem, sabe? Por mais sonhos que ainda sobrepoe meus pensamentos quando me
perguntam sobre, não é só isso que penso em todos os momentos da minha, não é
nisso que coloco meus planos ao redor, ou sequer meus pensamentos às vezes,
posso até confessar que às vezes eu tento evita-los. Sonhar dói, pensar em
futuro machuca, esperança é uma cicatriz eterna que você tenta manter porque é
isso que te mantem viva e te faz lembrar do que você sempre quis, e prometeu a
si mesma não esquecer não importe o que aconteça. Eu não sei se o que vivi foi
uma parte do meu sonho ou só algo para eu me tocar que não é aquilo que deve
ser meu sonho. Que tem coisa melhor, que tem algo melhor, tem alguém melhor pra
mim. Quando tudo acabou eu só pensava o quanto eu queria viver tudo de novo,
mas depois de tanto tempo eu penso “eu quero mesmo fazer tudo de novo?”, eu
quero me sacrificar 100% de novo, quero deixar todo mundo que amo de novo,
quero perder minhas amizades de novo, quero começar do zero de novo, eu quero?
Viver tudo de bom, tudo de ruim, tudo de feliz, tudo de triste, eu quero
derramar lágrimas de novo, eu quero sorrir como uma criança de novo? Eu queria
ter uma balança emocional e colocar tudo, e me dizer “mais isso” e ficaria
fácil escolher. Pra mim, no final, eu faria de novo. Mas em momentos em que as
consequencias das minhas velhas escolhas tornam-se lágrimas escorregando do meu
rosto dá vontade de ficar, de me acomodar, de descobrir um sonho aqui, que não
seja tão arriscado, que a mudança não seja tão drástica, tão 8 ou 80.. que eu não tenha que ficar tão chorosa, tão
esperançosa, tão sentimental, tão.. tão sonhadora.