Não dá pra
simplesmente deixar tudo entrar facilmente assim. Quando se está vulnerável tudo
te afeta, de uma forma ou de outra. Até tentar correr da situação te afeta. E
nada resolve seus problemas. A pessoa que os resolveria é o causador de todos
eles. E sua mente gira as madrugadas tentando fazer você mesma entender o que
você sente, e o que ele sente. Porque ela poderia amá-lo e respeita-lo até que
a morte os separe se ele a quisesse assim. Ou ela poderia seguir sozinha seu
novo caminho, a procura de um novo alguém. Pelo menos ela saberia o que fazer e
como reagir. Ela tenta andar com um pé em cada caminho e quando percebe o quão
perto está chegando do final ela retrocede porque ela não sabe pra onde vai e
não acaba ali. Não pode acabar ali. Ela não sabe o que fazer ou o que sentir.
Volta. Pensa. Chora. Reclama e se questiona “Como cheguei até aqui?”. Como ela
passou de "excluída" para "com amigos", pra "vou viajar não penso em vocês", para "estou de
volta amigos, cade vocês?" Pra "eu quero voltar, mas agora eu me importo com
vocês". E perceber que não pode ter tudo. Que seus sonhos não se completam ou
sequer coincidem. Ou um. Ou outro. Ou ele. Ou eles. É uma decisão difícil e
pode parecer até desigual pelo número de pessoas de um lado e de outro, mas no
final nunca acaba sendo sobre as pessoas que ela vai deixar, acaba sendo pelo seu
coração machucado, e seu protetor. Aquele que de alguma maneira a fez esperar
até hoje e nunca se questionar “o que você está esperando afinal?”.
01 outubro, 2013
E hoje?
Entre os tantos conceitos de felicidade eu me apego ao de
Érico Veríssimo que diz que “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não
está passando em vão”. Porque as grandes
coisas são simplesmente inesquecíveis, mas são as pequenas que fazem a diferença
da rotina do dia-a-dia, da mesmisse, do sempre. Me faz feliz sair com pessoas
que gosto mesmo que só pra conversar, sempre inclui risadas sinceras, o que eu
amo. Amo final de semana que incluem uma lasanha ou parmegiana no cardápio. Assitir
jogo de vôlei. Usar havainas – pra ir em qualquer lugar. Receber abraço de
criança. Comer salada de fruta com granola no café da manhã. Usar meu colar do
avião e da malinha. Esmalte novo. Conseguir fazer alguma figurinha na unha que
vi na internet. Dirigir sozinha. Tirar foto. Revelar foto. Domingo, porque é
dia de ir pra igreja. Ter dinheiro do salário anterior quando recebo. Comer
bala toffe de caramelo. Girar minha snowball. Descobrir uma música que traduz
meu “eu” daqueles dias e ouvir até enjoar, ou minha situação mudar de música. Músicas
pra dançar sozinha na frente do espelho, e as músicas que me fazem dormir. Receber
uma sms, whats, mensagem inesperada. Vestir camiseta com calça jeans. Conseguir
escrever um texto. Dar bons conselhos para amigos. Ficar em casa vendo filme.
Assistir episódio novo das séries que assito. Amo viajar, especialmente ouvindo
música e olhando a estrada. Conhecer gente nova. Rever pessoas que o tempo
separou, ou a distância. Terminar de ler um livro. Consegui fazer tudo da
“to-do-list” do dia – isso me deixa muito feliz. Festa surpresa de aniversário.
Me surpreender. Excluir certos preconceitos. Falar com alguém em inglês. Quando
me vejo dedicada a algo. Beijo na testa. Quando consigo decorar a música toda. E
entre tantas outras coisas que fazem a minha vida não passar em vão, e no final
do dia ter uma resposta positiva da perguntinha interna “E hoje, você foi
feliz?”
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