Futuro.

Sempre fui uma menina de poucas amizades, a menininha da vovó, a filhinha do papai, o bebê da mamãe, a inteligente da família, a nerd no ensino fundamental, só me faltou o óculos. A anti-social, a desajeitada, a feia (é, eu usava aparelho.), a que nunca tomava recuperação, sempre passava direto de ano, a que sempre sobrava pra fazer o time de educação física mas era a primeira a ser procurada pra um trabalho de matemática, que sempre sentava no primeiro lugar da fila e todos no fundo, mas na hora da prova .. é todos ali ao redor. Aquela que poderia fazer de tudo pra ser convidada para uma festa mais ou menos, porque as tops eram pra tops e não pra mim. Ganhou uma irmã que no inicio era sua best friend, a fofuxa, a minha amada até perceber que ela roubaria tudo o que eu tinha na metade. É, foi daí pra pior. Fui me isolando cada vez mais, a guria com uma ou duas amigas, a que ia apenas no hot dog da esquina e sua mãe levava e buscava e ainda liga pra mãe da amiga que vai junto com você.

Cresci e sou mais uma adolescente com pais chatos, com uma irmã mais nova 7 anos que você, agora ela é a pirralha chata que minha mãe puxa o saco, #bléh. A aluna mediana, a pessoa comum, a menina bonita, a adolescente em crise, que se stressa com pouco,precisa de pouco pra ser feliz e talvez almeja muita coisa, ao mesmo tempo. Tem muitas pessoas ao seu redor mas ainda sente falta, falta de alguém para preencher o lugar que ainda estar vago e incompleto na sua vida que talvez seus devidos donos tenham deserdado do cargo. Carente, sincera, tagarela e sonhadora. Só quero saber que caminho escolher, quero tudo e nada, e talvez ninguém entenda que é o simples fato de que eu ainda não sei exatamente o que ser no futuro, só de pensar nisso só me vem um preto. Um vago. Um nada.